5.12.07

Te Dizer


Assunto sério. Queria compartilhar um pensamento ainda em construção, do tipo: não analisei todas as faces da questão. A resposta parece óbvia, mas quando tratamos com o elemento humano e seus múltiplos questionamentos, razões e intenções, nada é óbvio, nada é definitivo. Assim sendo, tenho pensado sobre maturidade...
Não falo sobre ciência, fatos históricos que aprendemos e que nos tornam pessoas mais experientes. Falo das experiências que vivemos e que moldam o nosso interior. Tem gente nova que é tão cheia de estofo e tanta gente adulta sem compromisso com a sua própria verdade. Por que será que é tão complicado ser alguém do seu tempo? Só Freud explica...

Certos questionamentos me enlouquecem. Por que será que ao longo da vida a gente tem a tendência de varrer nossos problemas para debaixo do tapete ao invés de simplesmente enfrentá-los? Por que será que constantemente a gente acaba se transformando naquilo que um certo grupo social espera de nós ao invés de sermos apenas aquilo que podemos/devemos/queremos ser? Por que será que o medo – a incompreensão que nos cerca – ou o orgulho – a arrogância que nos paralisa – que são tão letais à alma humana, acabam sendo as companhias mais constantes nas nossas relações?

Tudo isso é derivado de dois fatos que marcaram a minha vida na semana passada. Estava no trabalho com uma gripe medonha e febre. Todos os “coleguinhas” de camiseta e eu com dois casacos pesados: um vestido e o outro sobre os ombros. Tenho que confessar: minha estampa estava medonha! A cara era branca como cera, o cabelo despenteado e os casacos simplesmente não “conversaram” entre si. Era a imagem da derrota. O “JB”, meu anjo da guarda, mandou na lata: tira isso que está medonha! A “Lolô”, minha mentora, questionou: o que importa a opinião dos outros quando o que você mais precisa é se proteger do frio? Sábias palavras dela, mas ouvi o JB, afinal, baranga fashion está fora de moda e do dicionário. Fiquei no salto, mas a saúde foi para o saco.


Enfim...tudo isso para dizer que tenho um amigo que está passando por um problema que eu já experimentei. Minhas palavras não são suficientes para que ele perceba o caminho perigoso que escolheu. Queria poder fazer algo a respeito, mas a duras penas aprendi que só é ajudado quem quer ajuda. Também entendi que maturidade é muitas vezes você vivenciar uma experiência a fim de sair mais forte dela. A decisão não está nas minhas mãos, mas sei que vou estar ao lado dele por toda a vida. Maturidade, no meu caso é saber aceitar o tempo do outro. Difícil aprendizado, mas ao mesmo tempo, encantador.


Amigos pra sempre de Kathy Frizzell e Claire Cloninger: Tudo muda neste mundo / Estações que vem e vão / Poucas coisas duram sempre,/ Mas há porém a exceção. / Amigos pra sempre, juntos pelos laços do amor. /Amigos, sempre, com carinho, andando mão a mão / Nem o tempo apagará a nossa união./ Seu amigo sou no amor que não tem fim. / Somos filhos do Mestre,/ E estamos nós em seu cuidar / E nos diz que nós devemos,/ Seu amor compartilhar. E mesmo que um dia diga adeus /Sempre juntos estaremos / Aqui eis a razão: / Seu amigo sou no amor que não tem fim.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Toda escolha é uma renuncia". Não sei ao certo ao que estou renunciando... mas sei que algor terá que ficar em segundo plano. Realmente tah dificil... mas que bom q vc estará ao meu lado na minha caminhada... T amo....