18.10.08

NY – O sul da Ilha I


NY – O sul da Ilha I

O convite de hoje é para que você desbrave o sul da Ilha de Manhattan. Para mim, esse ainda é um dos lugares mais intrigantes. A geografia é da ponta de uma ilha. Na minha cabeça, no entanto, a divisão espacial não faz o menor sentido e muitas vezes já fiz itinerários enormes para sair em um ponto em que bastava apenas seguir por uma rua.

Outro aspecto dessa região que me chama a atenção é o número de lugares para passear e atrações turísticas e monumentos artísticos para se ver. Toda a vez que passo por essa região, eu acabo descobrindo um cantinho novo, uma praça belíssima com uma obra de arte, fonte ou jardim de tirar o fôlego. Obviamente não é lugar para se fazer compras descoladas, mas achei cada loja em promoção, cada buraco com lances especiais, cada barraquinha irada... Essas coisas que nos surpreendem em cada esquina de NY.

É nessa parte sul que você encontra uma pracinha linda chamada Battery Park. É nela que tem uma espécie de forte/castelinho onde se compra o ticket para visitar a Estátua da Liberdade.

Estátua da Liberdade
Você chega até a Liberty Island através de um ferryboat. A fila para a compra do ingresso geralmente é grande, mas não se assuste, passa rápido. Você só tem que observar duas coisas importantes: que você está comprando o ingresso que pára efetivamente na Ilha e se você deseja visitar a estátua. No segundo caso existe um esquema próprio e bem restrito desde 11 de setembro. Acho que só acontece no primeiro horário de certos dias. Tem que checar no guichê.

O passeio é gostoso. Você leva 15 minutos na travessia. E do barco mesmo já vai tirando as primeiras fotos. Tente ficar à direita da embarcação, bem encostado na borda. Esse lugar lota rapidamente, porque ali você tem os melhores ângulos. Fiz a visita apenas uma vez. Achei a ilha lindinha, o dia estava quente e o céu brilhando. Tem um deck onde você pode fazer uma foto sensacional de Manhattan. Vista sem igual. No mais, tudo me pareceu comum. A Estátua da Liberdade perde para o Cristo Redentor. A gente vai esperando o passeio dos sonhos, mas vive um momento comum. A Onça não deve concordar comigo, já que ela fez o mesmo passeio duas vezes e nas duas ela voltou vibrando.

Depois da visita à Liberty Island, o passeio segue. A próxima parada é Ellis Island. O lugar é bem bonitinho também, vale a descida. Ali você encontra o Museu do Imigrante, o mesmo que serviu de cenário para Hitch – Conselheiro Amoroso [lembra quando ele alugar dois Jet-sky e leva a moça para um espaço, onde ela acaba vendo o nome de um parente e cai no choro?]. Ótimas fotos, passeio agradável.

Na chegada do passeio, o segredo é andar para o norte, em direção a Bowling Green Park, outra daquelas pracinhas encantadoras. Uns passos mais à frente você topa com o Touro de Bronze, símbolo do poder e da robustez do mercado financeiro americano [hoje em dia isso soa como uma boa ironia, não?]. Ali começa a Broadway avenue. Sempre me divirto horrores por ali. Faço poses com o boi e observo, com humor, o número de japoneses que ficam ali paradinhos, encantados com o monumento. Da primeira vez que lá estive, sem noção total, consegui subir em cima do touro para tirar uma foto. Estava na companhia de dois amigos da Costa Rica, que me deram “pezinho” para a escalada. Os japoneses arregalaram os olhinhos para tamanha ousadia. E eu saí dali rindo de toda a situação.

Naquela região você ainda encontra a Wall Street. Caminhe por ela e veja o Federal Hall National Memorial, onde foi assinada a tão famosa “Bill of Rights”; a bolsa de valores com uma enorme bandeira americana; no fim da rua vemos a Trinity Church. Por ali você encontra o Red Cube, onde a Onça e eu fizemos um verdadeiro book fotográfico com direito a show público para os transeuntes e, por fim, você chega ao Ground Zero.

Ground Zero
Esse é um lugar muito “especial” da cidade. Ali estavam as Torres Gêmeas antes dos ataques de 11 de setembro. É impressionante como você sente uma aura esquisita pairando sobre a região. Quando lá estive, em 2002, havia uma plataforma que te permitia olhar dentro dos escombros e ver a extensão dos danos. Hoje, essa plataforma não existe mais, porém o lugar se tornou um grande canteiro de obras.

Lembro de ficar impressionada em como os americanos rapidamente fizeram o metrô e o trem naquela região voltar a funcionar. Em 2002 as estações ainda estavam fechadas. Em 2005, já existia toda uma infra-estrutura para o subway e também para o trem que liga o estado de New Jersey a New York [o Path Train]. Em 2007, tudo parecia em ordem. Em 2008, a mudança parece inacreditável: tudo está mais funcional, espaçoso, limpo.

Bem em frente ao Ground Zero existe uma capela chamada Saint Paul. Ela ficou conhecida como uma espécie de quartel-general nos dias de caos. Agora abriga um memorial e um sino, que todo dia 11 de setembro é tocado na hora exata do choque dos aviões com as torres. Uma lembrança. Um aviso.

Century 21
Depois de tanto memorial, você deve estar suficientemente descansado para entrar nessa loja de departamento. Esse lugar é o mundo das compras. PRESTENÇÃO! Vá com uma roupa confortável e fácil de tirar e colocar. Não se assuste com a bagunça das araras, porque a loja tem um aspecto de coisa revirada. Não vá com pressa ou cheia de sacolas. Ali você encontra produtos de marca com ótimos descontos. Se tiver paciência de “futucar”, tenho certeza de que vai fazer ótimos achados. Tem gente que detesta, mas a compradora com espírito de Paraguai e luxo Suíço, vai sair de lá garimpando peças dignas daquelas moças que colecionam carteiras da Louis Vuitton verdadeiras.

Um comentário:

AL disse...

Bibi, parabéns pelo seu blog, muito bom mesmo... Desculpe-me, pois o comentário nada terá a ver com o sul de NY. É que achei no Google, várias citações suas sobre os fins de tarde no Mirante do Pasmado... Gostaria de levar meu namorado lá, mas gostaria de mais informaçÒes sobre o local, o que tem lá e principalmente quanto à segurança, fator que mais me preocupa. Desde já te agradeço. Beijo, LU (luciavergueiro@hotmail.com)