17.11.08

VM


Vinicius de Morais

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa! Tenho um amigão de SP que tem um blog tb... ele postou esse poema ontem. Eita vocês, heim?!
http://www.luizangulo.blogspot.com/