21.1.09

Lotação


Eita! Estou há três dias sem escrever...
Para o ritmo em que eu me encontrava, está parecendo uma eternidade.
Sabe o que rola?
Vez ou outra eu vou respirar em outros blogs e acabo me envolvendo: em textos, em respostas e muitas vezes em confusão.
Tem gente que não entende piada. Ninguém é obrigado a interpretar a intenção do que escreve. Pode até ser falha de comunicação. Porém, diante de falta de argumentos, há os que partem para a agressão.
Não gosto.
Não ataco, mas me defendo com as letras.
Não sei muito deixar de dizer algo que tenho para dizer.
E digo!
Sou coerente o suficiente para deixar “os pegas” apenas no plano das idéias e continuar seguindo com a programação normal.

Não sei nem por onde começar! Vou tentar narras os últimos acontecimentos de trás para frente. Assim, caso eu venha esquecer o que já está “velho”, que eles permaneçam nessa bolha do passado recente, guardados na gaveta da memória.

Hoje é feriado no Rio. Dia do padroeiro da cidade: Sebastião. Não sei o que ele fez [com todo respeito], mas celebro o fato dele trazer mais um feriado para a cidade que já é maravilhosa. Acordei super tarde – com motivo justíssimo, como verá em uma das minhas histórias – e fui para a praia com a Onça. O dia era de sol e calor. Fomos alegres, em um doce balanço a caminho do... Mar? Não, do Metrô. O caminho ainda era um pouco longo. Nossos amigos, já nas areias escaldantes de Ipanema, telefonavam avisando das condições da areia, tempo e mar. Alegria, alegria.

Enquanto a Onça comprava sua passagem do metrô [eu já tinha a minha], fui até a máquina de refrigerante tomar uma Coca Light, meu vicio maior. Chocada, constatei que só tinha a Zero. A companhia de refrigerante anda de sacanagem, por que agora só tem Zero para todo o lado e cada vez menos Light! Eu detesto aquela Cola espumante, que não mata a sede. Apertei a máquina com vontade e... ploft, ploft. Sim, não foi apenas um ploft, foram dois. Ganhei uma Coca Zero e uma Fanta Uva, que a Onça gosta muito. Cheguei pimpona perto dela, com as latinhas na mão [Comprou para mim!? Não, caíram duas, quer?! Hohoho]. O dia começava bem! Sorte.

Viagem tranqüila. Fila para o integração GIGANTESCA! Meu amigo, ir à praia em dia de feriado no transporte coletivo é furada!! Consegui me sentar. A Onça foi agarrada nos ferros, tal qual uma dançarina de Pole Dance. Atrás de nós, uns gringos da gringolândia de língua hispânica que simplesmente não paravam de falar. Ui, que tava irritando aquela cantilena. Pior era o brasileiro tentando acompanhar o papo com seu portunhol veloz [como se assim ninguém percebesse que ele estava falando errado. Tem cada disfarce tão tosco, que é como se alguém enfiasse a cabeça no buraco e deixasse o bundão branco para fora: ou seja – ALVO!].


O intregação partiu lotado. As pessoas suadas se encostando, espremidas como tomates delicados em uma caixa de transporte. A conversa alta. Todos animados [sim, a maioria ali rumava para a praia]. Cadeiras, cangas, saídas de praia, os apetrechos esperando para serem usados. O motorista resolve colocar um som ambiente. Não, nada de pagode ou qualquer música de animar a massa! Ele foi guiando o coletivo com ópera. Eu e a Onça começamos a imaginar os compositores ali dentro, prontos para ir à praia. Bach e Vivaldi com as raquetes de frescobol nas mãos. Mozart com o isopor cheio de gelo, esperando a cerveja que o Brahms traria. Verdi estava mais à frente com a namorada, a mulata de fio dental. Beethoven, Haendel e Wagner conferiam a parafina que passariam nas pranchas, enquanto conversavam sobre as condições do mar, a velocidade do vento e o açaí com granola batida e mel que tomariam depois de dropar altas ondas.

Viagens de pensamentos à parte, a nossa real terminou. Assim como o sol. Chegamos à praia com o tempo nublado. Amigos e mormaço fazem a festa, certo? Sim! Fizeram 20 minutos da alegria de pobre, que dura pouco, porque a chuva fina veio chegando e o guarda sol virou guarda chuva. Nuvem passageira [inverno de paixão, amor de primavera em chuvas de verão], como cantaria José Augusto. Pois é, aquela nuvem que passa, foi e voltou uma três vezes. Deu tempo de entrar na água e ser tragada pela onda, quase tomando um caixote; lotar o biquíni de areia; comer uma empada de queijo com goiabada; falar besteira; rir do amigo Portuga; ver o cara da empada enrolar o "bagulho" do nosso lado, fumar enquanto cantava música gospel [ironias da vida]; ver o helicóptero resgatando o marolinha malandro que pensava ter cacife para ser peixe grande; marcar o evento da noite e voltar para casa. Dessa vez de ônibus.


Péssima idéia. Rolo compressor total. Bichos em jaula [eu inclusive]. A Onça é onça e eu devia ser um animal bem pacato. Uma lhama, um camelo, um ruminante que vê a manada em fúria e continua quieto no seu lugar.

Sobrevivi ao estouro. Complementei, de leve é verdade, o bronzeado. Tive um jantar sensacional. E terminei a noite de forma criativa: fazendo umas fotos engraçadinhas, brincado de sobra e luz e treinando minha veia fotográfica. Adorei o teste. Posto aqui assim que seu mestre mandar... As fotos.

Hasta Luego!

6 comentários:

Anônimo disse...

Parece ter sido um dia ótimo, mas viu como acordar cedo tem suas vantagens? hehehehehe Chorei de rir com as suas aventuras. Eu fiquei envolta nas minhas traduções, pra mendigar um pontinho ou dois com a professora... mas valeu, terminei. Beijinhos!

Bibi disse...

Filha! E quem disse que eu acordei cedo? Levantei em horário normal de mulher-morcego! 11:30! Viu como a gente pode curtir uma aventura no meu horário regulamentar? rs

Anônimo disse...

Vc teve mais sorte com a sua praia do que eu com a minha.
Lá fui eu, de chinelos nas mãos, tentando achar um espaço na areia. No Recreio, pq é perto de casa e não queria pegar carro pra ir pra ipa ou Leblon. Sorte minha, pq o transito devia estar um inferno na zsul.
Azar o meu, o recreio tb tava uma sucursal da zsul. Caos total. Não tinha espaço na areia. Pode apostar. Um tumulto só, nunca vi, tvz só em reveillon, a praia tão cheia. Messssmo!

Bibi disse...

Serinho... Se morasse perto da praia, enfrentava o caos por um punhado da areia. Mas teria a chance de voltar na sussa para casa. O enredo dessa minha escola de samba não parou por ali. Só não quis estender a saga. Ninguém merece ler o além do além! rs

Saulo disse...

Eu nem gosto de praia. Terça passada fui investir num passeio em Ipanema e não suportei o sol das 11:00... uma hora e poucos minutos depois já estava voltando pra casa. Muito sol desanima.

Bibi disse...

Quando você voltava para casa, a minha excursão às areiass começava, Saulo! E a Bia Bug crente que eu havia levantado cedo! Tolinha...