10.3.09

Jen

Estava 'surfando' pela internet, quando encontrei uma notícia no site EGO, que muito me chamou atenção. Lá dizia que a atriz Jennifer Aniston havia dado uma entrevista à revista britânica Hello, dizendo que:

"Eu não me arrependo do tempo com Brad. Foram sete anos muito intensos, foi bonito e complicado", disse. "Vou amar Brad pelo resto da minha vida - você não consegue apagar boas memórias. Se eu já tive pena de mim mesma? Claro, quem nunca teve?", disse.

Você pode pensar: por que logo essa notícia foi te prender? Justamente porque estava saindo do site da revista Quem Acontece [não estranhem as visitas, há dez anos eu trabalho com celebridades], onde também encontrei uma chamada para uma matéria da Jen, dessa vez para o Daily Mail.

“Eu não fico pensando no futuro da nossa relação [com o atual, John Mayer]. Nunca sonhei com casar, ter filhos e uma casa em Connecticut. Pelo contrário, eu sempre deixo a vida me levar. Eu vivo no presente, porque a vida passa enquanto você tenta fazer planos”, afirmou ela. “Eu não tenho [relacionamentos perfeitos] e acho que não existe. Quem disse que toda relação tem que durar para sempre? Mesmo assim, eu sou muito romântica e acho que a comunicação é vital para um casal”, finalizou.


E por fim, logo após o Oscar 2009, quando ela e Brad Pitt se reencontraram, o site Entertainment Wise, repercute uma frase da atriz, dizendo que ela já havia "superado totalmente" o fim do relacionamento. Uma “amiga”, no entanto, conta que ela teve uma crise de choro no estacionamento do Kodak Theater, antes da cerimônia.


Tenho muito medo das declarações em jornais e revistas. Tenho até medo de eternizar um pensamento aqui no Bibidebicicleta, sabe por quê? Porque somos sujeitos à mudança de pensamento o tempo todo [E eu o faço, justamente porque me dou esse direito com muita tranquilidade]. Temos dias melhores que outros. E nos é dado o direito de amar, desamar, de se reapaixonar, de mudar de opinião, porque simplesmente prestamos atenção em um novo aspecto interessante sobre um assunto que nos parecia tão óbvio.


Elaborar o fim de um amor é um processo sofrido e leva um bom tempo [principalmente para quem deseja estar em paz consigo mesmo e não jogar o tal sentimento para debaixo do tapete, embarcando em uma nova relação, como se isso não fosse voltar à tona em algum momento da vida]. Quem nunca passou por essa experiência?! Acho que só quem ama apenas a si mesmo, o que é uma lástima!


Esse tempo de elaboração é de cada um; tempo particular que não existe fórmula, embora a ‘sociedade’ cobre uma melhora quase instantânea, relegando a dor do amor como sentimento menor. Não se trata de mágica e nem de força de vontade apenas. É um processo demorado, porque ninguém se desapaixona de repente. Jung diz que "o que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino".

Então vejo a Jennifer Aniston, figura popular, tendo que tratar do que é tão íntimo num foro público. As pessoas pensam que “as poderosas” não têm motivo algum para sofrer. Ao embarcar nessa levada da aparência, sofre-se em dobro. E não falo só em relação a atrizes e atores e gente que “aparece” na televisão. Falo daquele tipo de satisfação que nós “mortais” temos que dar à pequena sociedade que nos cerca. É uma situação realmente muito chata, complicada. Acho que justamente por isso – e pelo agravante de ter sido “traída” e trocada por outra figura pública como a Angelina Jolie – a gente vê tantos discursos truncados da parte da Jennifer. E não é exatamente o que vemos algumas tantas vezes por ai? Quando se fala de amor, estamos quase todos em níveis de similaridade [não intensidade].


"O amor mata o que éramos, a fim de que surja o que não éramos. O amor é para nós como uma morte"Carl Gustav Jung.
O escritor francês Jean-Marie Stendhal escreveu uma teoria sobre o amor. Segundo ele, são necessárias três coisas para o amor nascer: admiração, esperança e uma dose de insegurança. Gostei bastante dessa teoria, que me revela o que jamais pude responder: 'que tipo de homem te atrai?' Um que me desperte admiração, esperança e uma dose de insegurança, capaz de me dar aquele frio na barriga. Nunca fui atraída por um tipo físico específico. E creio que as outras questões só poderão ser levantas com a convivência. Todos temos virtudes e defeitos. Mas só cabe a nós, individualmente, medir e avaliar com quais defeitos poderemos conviver. Acho esquisitíssima a idéia de entrar em uma relação séria [do tipo casamento], já pensando no tal mantra: “se não der certo, eu me separo”. Cada vez temos mais impaciência e menos capacidade de reação. O corte é sempre feito pela raiz, sem chance de podar. Cada vez menos nos damos a chance de apostar de verdade na grandeza das relações. E o amor vai desaparecendo da roda, para dar lugar a outros sentimentos tantos. Não sei a frase de forma correta, mas um dia ouvi que você não deve despertar o amor até que esteja pronto para ele. Talvez, nunca estejamos; talvez tenhamos nascido justamente para ele.

6 comentários:

Sambeira disse...

Nega, sobre a Jennifer, deve ser foda. Ela não só foi perdeu o marido, mas o marido era o Brad Pitt, a outra era a Angelina Jolie..rs
Mas sério, sobre ela ter sua dor exposta publicamente é um pouco do ônus que os famosos carregam, e emboram o sejam, nessas horas, a vida costuma mostrar-lhes como são humanos também...
sobre o casamento sim, concordo que hoje eles duram menos, o meu acabou de acabar, mas gata, ai a gente vai pro vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais. Será que no passado as relações também nao duravam tanto, pq não se podia, nao era certo, não pegava bem, se separar?
hoje, a mulher e o homem também, vivem sim querendo experimentar mais, se dar mais chances. claro, a gente tem que colocar na balança, nao cair na superficilidade, e ver o que é melhor pra gente...

Anônimo disse...

Para Mário Quintana, "morrer é simplesmente esquecer as palavras".

Ainda dele:

"Tão bom morrer de amor e continuar vivendo..."

Sem mais, meretíssimo.

Bjo, Luke.

Bibi disse...

Sambeira, querida! Não estava nem falando das relações do passado, mas das sub-relações de hoje. A pessoa nem se entrega mais! Tentar e não dar certo é o que acontece com todo mundo, normal. Deixar de tentar para economizar amor para mim é loucura!
Cortar uma pessoa da sua vida sem uma segunda chance também é não saber-se humano. Seu casamento acabou, mas tenho certeza de que houve novas tentativas, um ata e dasata daqui, um cede que eu que me espalho de lá... E foi como tinha que ser. Tempo determinado. Mas, eu vivo e ouço tantas histórias de quem tem medo de amar, de apostar em relações humanas, para sonhar com as hipotéticas... Tanta gente infeliz... ai ai

Anônimo disse...

BIAAAAA!!!
Amei o post...
Escreve um livro vai!!!
Quero ser a primeira a comprar e ganhar autografo!!
bjs

Bibi disse...

Coimbra! Apareceu! Welcome back! Queria até escrever, mas cadê que consigo começar!? affe! São muitas variáveis!

Saulo disse...

Tudo está sujeito a mudanças. Demorei pra me dar conta disso. Olho para trás e vejo com que ardor defendia certos pontos de vista que hoje, para mim, são verdadeiros contrassensos. Eternizar é inevitável. Contradizer é risco que não temo mais.