15.8.09

Pelo Meu Chiclete


Minha amiga DM é simplesmente louca por tecnologia. Ela sempre está por dentro dos novos lançamentos do mercado em relação a aparelhos, sistemas e softwares que podem facilitar um “tantão” a maneira como levamos a vida. Em seu escritório encontramos um verdadeiro organismo tecnológico pulsante montado em favor de suas habilidades pessoais e profissionais.


Eu posso me lembrar de fatos ocorridos há muitos anos, mas chego a ser indecente em relação ao uso da tecnologia. Sou daquelas que precisa de alguém para mostrar como faz, para só então eu me virar sozinha. E eu falava da minha mãe...hehe... Depois que ela começou a aprender a usar o computador, sua destreza com os botões e máquinas melhorou muito. Isso é tão importante para manter o cérebro ativo!


E lá fui eu com DM para uma dessas lojas que são os tais “museus de grandes novidades”. Chamo assim, porque você compra um aparelho de última geração e com muito pouco tempo de uso ele já é batido por um mais moderno. E sei que nem sempre o tal do lançamento já chegou ao Brasil, quando inventam um novo. É a selva cibernética. E estávamos lá, na lojinha de eletrônicos que me assustam e me fascinam. Ela olhava para tudo com muita avidez – como criança em loja de doce. Adoro reparar isso nas pessoas. Expressão de prazer e satisfação.


Paramos no setor de impressoras. Quantos modelos diferenciados para o mesmo serviço! E o que me deixou mais curiosa é que não existia um só modelo que tivesse reunido todas as potencialidades oferecidas. DM chamou o vendedor para lhe explicar o funcionamento da máquina que mais lhe interessou. Ficamos um bom tempo no corredor a espera de um funcionário que viesse sanara a nossa dúvida. E estávamos naquela posição de “oi, preciso de ajuda!”. O rapazinho que abria caixas só nos deu atenção quando ela o chamou especificamente. Achei isso de um descaso...


Bola para frente! DM pediu a explicação e ficou na dúvida entre dois produtos. Veja bem: ainda estamos enfrentando tempos de crise; a concorrência é cada vez maior; aquela não era uma loja que é conhecida por ter os melhores preços (tem vantagens acumulativas) e o rapazinho deixou a cliente sozinha, mergulhada em dúvidas e foi bater papo com seus coleguinhas de loja. Como assim?! E ela não estava em dúvida entre um fone de ouvida e a capa de uma máquina. Era um produto bem caro!


Ela se decidiu e falou pelo menos umas quatro vezes em alto e bom tom que levaria a máquina e que dividiria em X vezes. FALOU QUE EU OUVI! Ele preparou o papel de pré-venda e quando chegamos no caixa, para se fazer em X vezes o tal papel deveria vir com a liberação assinada pelo gerente da área. Como assim, gente!? Por que o funcionário não resolveu ou observou isso!? Pior! A caixa disse que a DM teria que ir no setor onde comprou o produto para o funcionário assinar! Peloamordedeus! Ela estava lá gastando o seu suado dinheirinho! Peguei o papel e falei deixa comigo. “Enquanto você conversava com seus amigos, deixou de assinar o papel da liberação e me fez vir aqui”... Blá, blá, blá com o funcionário, deixando transparecer minha cara de bravinha.


Voltei para o caixa. A gerente estava passando na hora. A moça da registradora perguntou a ela: “fulano está podendo assinar?”. A gerente: “Não! Quando for assim, não aceita não! Deixa que eu assino essa daqui”. Veja você: se ela não passasse por ali, muito provavelmente eu teria que ir até a área do produto por uma segunda vez! Dá para acreditar nisso? Não era favor, era uma compra de valor alto.


Fiquei absolutamente passada com o tipo de tratamento. E me lembrei de uma história que rolou lá em NY, que eu me esqueci de contar a vocês. A Bia Bug estava na Best Buy fazendo uma compra grande de vários eletrônicos. A loja é enorme, tem dois andares, não estávamos perto uma da outra. Eu estava mastigando um chiclete que já estava sem gosto e fiquei procurando por uma lixeira. Esbarrei em um funcionário japainha e quis saber onde era o lixo. Ele me perguntou: “o que é que você tem para jogar fora?”. Achei a pergunta super estranha e respondi com certa timidez: “é só um chiclete”. Ele rasgou um pedaço de papel que tinha no bolso e pediu para eu cuspir ali, porque ele jogaria fora para mim. A lixeira estava muito longe, do outro lado da loja, então ele faria isso por mim. WOW! Nunca ninguém tinha feito isso pelo meu chiclete mastigado antes! Não foi o caso de me apaixonar (hehe), mas indico essa loja com orgulho de causa. Você também não indicaria?

2 comentários:

Bia Bug disse...

Ih,nem fiquei sabendo dessa história do chiclete! Beijos!

Bibi disse...

Já é a segunda história que vc não sabe! hahahahah A gente viajou juntas? hahahaha