3.9.10

inspirações para pirações



Acabei de ler mais um livro. Esse dado por uma leitora, a Fer. Amo cinema, gosto de teatro, tento entender e apreciar as artes plásticas, sou louca por fotografia e não vivo sem música. De todas as artes, porém, a escrita é a que mais me seduz. Muito mais que escrever, eu amo ler. Sou muito apaixonada por livros, que podem também expressar - de certa forma - as outras artes (com as devidas limitações, claro, porque cada arte é única em sua categoria e esplendor).


Esse livro me acompanhou em muitas viagens de ônibus. Ele me salvou do tédio dos engarrafamentos e de muitas conversas chatas de taxistas. Esse livro passou comigo por um deserto existencial. E quando eu não mais queria estar com pessoas, eu me abrigava nele. Livros são companhias maravilhosas, porque não te pedem nada de volta: apenas que você se dedique a ele; o quanto quiser. E livros me ensinam sobremaneira.


No livro da Fer, fiquei louca para relembrar sobre a Primavera de Praga e Ho Chi Minh. Fatos históricos não são o forte da minha memória. E também me abriu o apetite por conhecer escritores como Dickens, Charles Bukowski, Elizabeth Bishop, Camus, Bernard Shaw... Tanta gente que precisa frequentar a minha mente por um impulso voluntário MEU. Tempo & Oportunidade.


Quando a informação histórica é fresca, fica mais fácil tecer correlações, buscar exemplos, contextualizar. A vida é cíclica e ser moderno é também não renegar o passado, embora estar aberto ao futuro seja a temática, seja o respirar.


Minha amiga AV diz que eu sou mesmo apaixonada por livros. Ela está sempre me fornecendo a mais variada literatura. É do tipo amiga-estante-cheia. Eu adoro fazer visitas à sua estante, porque entre livros e café, a gente sai mais cheio de vida pela companhia dela. Quem ama livros tem um pouco dessa vocação. Ela me apresentou a Rubem Alves (uma delícia), um cara que também gostaria que influenciasse a minha escrita (como se a gente pudesse escolher...).


Joss, outra Ciclista querida, disse que eu já tenho um estilo. Acho que a vida e os fatos da vida nos ajudam a apurar a escrita e a escritora, que nasce semi-pronta. Os acabamentos vão se delineando com os acontecimentos e acho que quem a gente escolhe ler são pequenos marcos referenciais. Ou apenas anseios. Ou inspirações para pirações. A la carte! 

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