21.10.11

Essa semana...

Essa semana... Eu escrevi um pequeno editorial para o boletim da igreja. Fatos estudados na faculdade que acabam por repercutir na vida cotidiana:

“Pecado é você não fazer do amor a opção radical da sua existência.”
- Teólogo e padre José Comblin no livro “Vocação Para Liberdade”.

   A encarnação de Deus através de seu único Filho, Jesus Cristo, nos mostra o quanto o Pai valoriza e ama a humanidade. Sua vinda deu-se em uma sociedade concreta e sua missão é a continuidade do Projeto de Salvação revelado por Deus desde o Antigo Testamento. Jesus radicaliza o que havia sido anunciado por Deus, não em relação à mensagem que foi transmitida, mas com efeito na interpretação e consequente ação daqueles que interpretavam a lei pela lei e afastavam o homem do real significado do projeto: o amor.

   Cristo centra o seu ministério entre os pobres, os excluídos e os marginalizados; os que não tinham acesso, voz ou vez na sociedade da época. Era necessário o equilíbrio entre as partes para que a mensagem fosse plenamente compreendida por todos. Mas Jesus não veio apenas para os desfavorecidos. Veio “para todos quantos o receberam”, sem fazer diferença ou distinção entre os seres humanos. A condição social não é computada, mas sim a motivação do coração. Ele veio trazer vida a toda criatura. E “vida em abundância” significa uma nova relação com o transcendente e também com o próximo. Esse é o simbolismo da cruz: relação com Deus (vertical) e relação com o próximo (horizontal).

   O Reino de Deus começa na Terra, quando aqueles que O seguem passam a fazer diferença diante das práticas - principalmente as farisaicas e ortodoxas radicais. A lei não foi desfeita, mas radicalizada através do verdadeiro sentido da palavra amor. O amor está acima da lei. E através do amor, só dele, as relações se transformam. A morte não foi um fim, mas a garantia da continuação do Reino do Filho do Seu Amor num outro plano. Mas somente para aqueles que  creem no sacrifício de Jesus e “fazem do amor a opção radical da sua existência”.

- Bia Amorim

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