24.1.12

Desabafo

Unhas: pink (mal feitas por mim)
Status: cansada
Ânimo: Em compasso de espera...
O bom de hoje: reunião das luluzinhas
O ruim de hoje: telefones fora de área

***
A irmã da da minha mãe tem 90 anos. Mora em uma casa com um grande quintal. Foi colher boldo para fazer chá e tomou um tombo. Susto grande. Ela foi levada para o hospital. Na emergência fazem raio-x e a mandam de volta para casa. Urrando de dor, ela liga para o médico amigo da família. Ele vai até a sua casa. Vê a perna com derrame e inchada. Voltam com a véia para o hospital. Outro hospital. Ela é internada. Novo raio-x mostra uma importante fratura no fêmur. Uma operação é marcada... E aguardam-se as cenas dos próximos capítulos. Poderia ser ficção, mas a gente sabe que essa descrição é o retrato da saúde no país. Não foi no Rio. Pior, poderia ser plausível em qualquer lugar do Brasil. Inclusive, não foi na rede pública. Vejam vocês: uma senhora. Como se 90 anos já não fosse muita coisa. Como se não inspirasse mais cuidado. Eu m revolto. E lembro de tanta gente que faz périplo por hospitais em busca de vaga, de atendimento, de um direito básico. Agradeço a Deus por ela ter tido condições de ser atendida. Houve tempo. Houve meios. A vida segue. Ninguém nesse mundo está imune a nada. Dinheiro ajuda, mas não é ele que resolve quando tratamos com a negligência do outro. Isso não é de agora. Aos 10 anos fui internada com coma diabético devido ao sarampo.Tinha mais de 600 de glicose. E um novo soro foi espetado para entrar direto na minha veia. Meu Pai confere o rótulo. Mera curiosidade. Essa, que salvou a minha vida. O soro era glicosado. Ou seja: morte na veia. Ele mesmo, 10 anos depois, correu para o hospital com infarto. Já conhecendo os sintomas, tomou uma medicação para segurar o ataque. Avisou isso ao entrar na emergência. Meia hora depois, mandam ele para casa. Chega em casa, os sintomas do infarto voltam. Nova entrada no hospital e então o certo: internação. Ficou dias no hospital. Fez angioplastia. Podia ter morrido no caminho de casa. Negligência. Descaso humano. Quem pode culpar o outro? Você pode? Quantas vezes a gente negligencia pessoas mais próximas, que as vezes precisam de apoio, ajuda, tantas vezes uma palavra de carinho apenas? Ah gente... Não vamos nos acostumar com os fatos da vida, a ponto de deixar que pequenas coisas importantes passem batidas, pela quantidade de coisas que preenchem o nosso dia.

2 comentários:

Aline disse...

é tão bom amar!
Que maitÊ traga tanta saúde, felicidade e amor quanto a mamae bia bug sonhou ter um dia!
é tão bom gerar um sonho! :D

Bibi disse...

Você sabe, né, gatinha? Minha Laurinha tá quase pronta dentro do forno! Vai nascer linda!