27.6.13

pequenas deixas que a gente deixa pelo caminho


São pequenas deixas que a gente deixa pelo caminho. Esperando por aqueles que conseguem ver além do óbvio. Não é fácil falar de si, pedir socorro, mostrar fraquezas e fragilidades num mundo tão competitivo, que exige tanto de nós em níveis impensáveis, imponderáveis. Então, se espera que aquelas 'sementes' que a gente jogou em solo da amizade tenham frutificado de tal forma que o sutil grite - entre a balbúrdia daqueles que nem se escutam. Tudo o que se precisa, para começo de conversa, é de que pelo menos algumas palavras te envolvam num abraço quente. Tudo o que o ser humano gregário precisa é não saber-se só, quando se auto-exila em busca de proteção, entendimento, um momento para redimensionar as possibilidades e probabilidades. A gente quer ouvir: "eu te vejo. eu vejo a sua dor. eu te percebo. eu não te deixo só".

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Li uma reportagem antiga sobre a Marina Silva na 'Isto É', que atribuiu a ela a seguinte frase: 

"Estamos vivendo uma crise civilizatória e não temos o repertório necessário para enfrentá-la"

E não é?

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