12.2.14

Marcas da guerra não-declarada

História da vida real.
(continuação de Santiago, vá em PAZ)




A gente acredita que a violência das manifestações está longe de quem opta por se manifestar em paz.  

- Se manifestar, um direito (e até um dever) do cidadão - 

Não é bem assim...

Quando tudo começou, lá atrás, na luta pela diminuição da passagem de ônibus... Quando SP virou praça de guerra e depois de muito machucar e até cegar, passou a patrulhar movimentos e ideologias etc... Quando o Rio fez feio em quebrar a Assembléia, queimar carro, quebrar lojas e depois fez bonito levando o povo todo para rua, a ponto de lotar a Presidente Vargas... ( e vários pontos do país foram abraçando a mesma causa a ponto de se acreditar que o gigante havia acordado e na verdade ele estava apenas se espreguiçando)...  

Nesse dia, nesse exato dia... Não, nesta noite carioca, de beleza singular, de manifestação pacífica até que os meganhas fardados armados (e também os encapuzados) de bombas e cassetetes e arrogância dispersaram a população... Amigo meu, George, fotógrafo, politizado e pacifista, voltava para casa depois da caminhada da civilidade e viu cenas de violência com uma moça em um ônibus. Foi tentar ser a turma do deixa disso - ele sozinho - e apanhou tanto, que baixou hospital, operou e entrou para estatística. 

Graças a Deus não morreu. E nem desistiu de seus direitos e da liberdade de ir e vir e ter a sua opinião (e ele se chama de maluco por isso). Assim como Santiago, ele também é repórter fotográfico. Só não estava a serviço de uma empresa. Estava a serviço do país.

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