6.5.14

Nova Zelândia - Parte 1 (O começo)


Um dos grandes sonhos da minha vida era conhecer a Nova Zelândia. Era algo que tinha dentro de mim antes da TV Colosso ir ao ar – tinha um personagem que citava a NZ como um lugar remoto no mundo. Antes até da minha amiga Márcia ir fazer intercâmbio por lá (2002), eu já pensava na NZ; mas certamente o relato que ela fez sobre o lugar aumentou em mil a minha curiosidade. Ano passado, minha Mãe e eu fomos abençoadas com essa possibilidade. Mas uma coisa eu digo a vocês: se querem conhecer a NZ de verdade, evitem ir de excursão. Não, não estou cuspindo no prato que comi! Se assim não fosse, eu nem teria ido... Tudo o que vi, fiz e experimentei teve um sabor fantástico. Contudo, penso que podia mais, muito mais. E sonho em voltar! Quem sabe?    

Não posso dizer a vocês que conheci a NZ. Conheci sim, Auckland – que tinha cerca de 1 milhão de habitantes na época. Que lugar bonito, gostoso, jovem e absolutamente limpo e seguro. E frio! Fomos durante o outono-inverno e aquilo ali tem a cara de ser point no verão (ou ideal para quem curte esportes radicais ligados à neve durante o inverno). Nossa turma era animada, mas encaramos um ventinho frio constante e chuvinha chata de meia estação. Daniel, que nos levou para lá, viu minha carinha semi-triste (porque não há como ficar triste perto dele e viajando) e me disse sábias palavras: "muitas vezes, os lugares e as pessoas são mais bonitos através das fotos". OK! Com pessoas já havia passado por isso, mas as fotos dos lugares nunca haviam me decepcionado até então... Mas fim do processo, entendi que o que estava ME faltando era o sol! hehehe    

Partimos daAustrália, o que deu 2h30 de viagem (e já havíamos passado por uma temporada no Chile, onde a neve caiu superbem!). A moeda deles é o dólar neozelandês. Acabei voltando com muitas moedas. Pelo menos, são lindas! (moeda de formato incrível, mas como sou "organizada"... Ganharam vida e sumiram). O dinheiro some rapidinho da carteira (viu?! Já era uma tendência!), mas nem é porque tem tanta coisa assim para comprar. O lugar, convenhamos, é uma ilha! A maioria dos bens de consumo vem de fora. É um lugar caro (para se viver e consumir - mas de certa forma, foi mai caro consumir na Alemanha e na Suíça), mas encantador! Ainda assim, compramos casacos poderosos para as próximas viagens (não são do tipo fashion, mas do tipo próprio para viajantes como minha Mãe e eu).

***

Fiquei em um hotel chamado Rendezvous. Hotel de turista que vai de excursão, bem bacana, mas não experimentei a coisa típica de ficar em backpackers. Aliás, o novo sonho é esse: atravessar da ilha norte à ilha sul de carro (e barco, lógico), ficando em backpacker! Mas o mais legal de ficar no hotel foi ver a quantidade de estudantes do mundo inteiro, que trabalham na rede hoteleira. 

A NZ é um destino muito procurado para quem quer estudar inglês. É mais barato que os países tradicionais escolhidos pelos estudantes no Brasil, por exemplo, é seguro e tem os esportes radicais e a natureza exuberante. Embora tenha terremotos eventuais. Muita gente vai estudar inglês na NZ e acabam arrumando um trabalhinho e "tals"... Alguns acabam ficando. A filha de uma amiga ia e voltava durante longas temporadas. Aprendeu a fazer todo tipo de café e virou barista! Hoje, estuda Medicina no Brasil e usa suas habilidades com o pretinho básico como hobby. Um charme! 

Encontrei muita gente brasileira em todo tipo de ocupação - sempre por acaso. Mais tarde descobri que tenho uma prima distante morando lá! hehehe Mesmo com tantos compatriotas por lá, a nossa guia era Italiana! Uma graça de menina, que mandava muito bem no português. Morou na região Norte do Brasil, através de um projeto do Greenpeace! Amo a liberdade/mobilidade dos jovens de hoje!

Nos bairros mais afastados a gente vê muito verde e casinhas lindas sem muro, grades, portões altos. Quase todas com flores ou árvores frutíferas. Na orla há muitos prédios novos com varandas, restaurantes badalados. O NZ gosta muito de esporte e não é raro ver gente correndo ou andando de bicicleta. É uma prática passada de geração para geração. Fomos à praia das Missões, com sua areia preta com pedrinhas escuras. Diferente, sem a exuberância do Nordeste brasileiro, mas com seus encantos específicos. A gente tem essa mania de querer comparar, mas há beleza singela em cada lugar e precisamos ter olhos atentos e mente aberta para identificar e abraçar aquilo que nos é diferente. Almoçamos dentro de uma vinícola e essa foi umas das coisas mais legais que fiz – dentro de um contexto histórico, claro. (O curioso é que os donos da vinícola eram croatas, licenciados para a produção). Confesso que bebi! rs



A visita à torre da cidade – cartão postal de Auckland – é passeio que vale. Lá de cima dos 358 metros de altura a visão é privilegiada! As pessoas podem saltar lá de cima – lembrando que a NZ é conhecida por ser o lugar dos esportes radicais (detalhe para o hominho pulando na parte superior da foto abaixo). Não fui pelo preço SALGADO do salto, mas se Deus me permitir, volto para isso também (minha Mãe se sentiu aliviada por estarmos no fim da viagem e com o dinheiro mais contadinho hahahaha)

Nota: A mente prega umas peças na gente... Quando olho de fora uma montanha russa nova, sempre tenho medo. Depois de experimentar, vejo que o medo era apenas a mente pregando peças. Quando cheguei à torre e tive que pisar no quadrado transparente com vista para o chão, minhas pernas tremeram muito! Tive que me "aclimatar"! E essa sensação estranha, me fez temer o salto da torre. Até que desci e olhei a queda de baixo para cima! Não era nada daquilo que minha mente estava dizendo! Molezinha! 4 segundos de queda livre! E uma altura infinitamente menor que a sensação que tive olhando de cima para baixo. Botei o medo no bolso e fui ver o valor do salto... Proibitivo àquela "altura" da viagem! 

Mas acho mais legal e dramático fazer bungee jump da ponte da cidade! Dali, fomos fazer comprinhas na Queen Victoria Street, o centrinho comercial. Não comprei nada de especial, além das lembrancinhas. Nesse sentido, Sidney é bem mais atrativa.



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