25.10.16

Meu parceiro: o gato!



Meu parceiro: o gato!


Precisava sair de casa, mas estava com aquele "bode" de ir para a rua sozinha. Gosto de companhia, mas nem sempre - quase sempre - não a tenho disponível para as atividades a que me destino - banco, mercado, farmácia, hospital público, salas de espera de forma geral... Hoje escalei o Guigui para ir à farmácia comigo. Não a da esquina, mas a que preciso pegar o carro e ir para achar melhores preços. E olha que a coisa anda tão feia, que o desconto vale até a ga$olina. Fui. Fomos: meu gato & eu. E todos os Pêlos brancos que ele deixou na minha blusa. 

Meu 'gatíneo' se comportou muito bem no banco da frente do carro. Como um verdadeiro companheiro de viagem. Não se mexeu, não miou, não se tremeu todo. Foi deitado com tranquilidade e olhos azuis fixos em mim. Parei o carro em frente à farmácia. Saltei. Dei a volta no carro e o peguei no banco do carona. Sim, deu trabalho para entrar na bolsa - tipo sacola de feira, mas de couro vegetal, molinha - mas uma vez lá dentro, permaneceu quieto, deitado, de olho em mim pela fresta aberta da bolsa. 

Curioso é que o sr. Levadeza ficou na sua. De carro ele já havia passeado mais recentemente, mas a bolsa/toca era novidade. Também fiquei na minha, porque não é todo lugar que aceita a presença de pets. Até que comecei a ouvir os gritinhos atrás de mim na fila. Beijos soltos no ar e falas fofas se seguiram. Guigui estava com a cabeça para fora na outra ponta da bolsa e observava as pessoas da fila que mexiam com ele. T-u-d-o-n-u-m-a-b-o-a. O senhor atrás de mim sacou o celular do bolso e me pediu para fazer uma foto dele. E eu vestida como mendiga, rezava para só sair o gato e bolsa. 

- Claro! - disse toda orgulhosa. 
- Nunca vi um gato ficar tão quietinho dentro de uma bolsa na rua...

flash flash flash e eu arrumando o melhor ângulo, meio vaidosa dos comentários tipo 'grande' e 'lindo' 

*Início do Adendo*
Guigui fica bem nessa bolsa, assim como é tranquilão na gaiolinha/caixinha de gatos! Nina só se sente em paz nessa bolsa. Às vezes as pessoas nem percebem que tem um gato ali - já aconteceu isso até em uma consulta no veterinário. Na caixinha Nina grita como se eu tivesse tirando o seu couro para fazer tamborim. Dora não gosta de sair de casa. Não curte nem a voltinha no corredor, quando saio para jogar o lixo fora. Ela foi resgatada por mim, já conheceu a dureza da rua. Foram dez dias de medo e fome até chegar aqui em casa e virar princesa. Malandra! E eu respeito esse medo, não a forço, não a exponho. A menos que seja uma ida ao vet.
*Fim do Adendo*

Terminamos a compra na farmácia - bem longa, por sinal - e paguei a conta justificando a camisa preta malhada de branco. Era o Guigui soltador de pêlos escondido na sacola! Voltei para o carro e o coloquei primeiro. Ao dar a volta para assumir o volante, meu gatão escolheu curtir a viagem no banco de trás. Ao sentar e não o ver ao meu lado, chamei: 

- Guigui! 
- Miu...

Ele respondeu com um miadinho, só levantando a cabeça, como quem diz: presente! Respeitei a sua escolha e meu gatão curtiu o retorno ao lar no banco de trás mesmo. Sentadinho, de olhos azuis fixos em mim. Um anjo... Se não fosse o mesmo azougue que na semana passada caiu de cima da bancada trazendo consigo um forninho elétrico, que ficou em mil pedaços e deixou um roxo no meu braço por tentar amparar (estava sentada logo abaixo e no reflexo achei que era só o gato e não o gato plus eletrodoméstico)! kkkkkk Ele é desses, mas se comporta bem na rua hehehe.

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